A FAUNA

CONHEÇA

DA INDONÉSIA

FAUNA RESILIENTE

Na Indonésia, com sua biodiversidade, coexiste uma fauna muito expressiva e muito sensível. Pois, embora tenha em seu território muitos grandes e poderosos animais, há um ponto frágil: o risco de alguns serem extintos pela ação da caça ilegal e do contrabando, que chegam ao ponto de matar um animal só por prazer, ou por dinheiro. Há, também, o comprometimento do ecossistema original, afetado pelo crescimento da população e da agricultura de subsistência, que promove o desmatamento e obriga esses animais a, cada vez mais, se concentrarem em áreas menores; cerceando-os da sua liberdade em poder explorar o seu ambiente natural nato. Tudo isso faz com que esses animais se exponham, tornando-se presas fáceis. Principalmente dos caçadores e contrabandistas.

ANIMAIS DE PESO...

O DRAGÃO DE KOMODO

Sem dúvida esse animal é o mais famoso da Indonésia; talvez não por sua beleza, mas sim por ser um animal diferente de todos os outros que existem no planeta, e que vive, como o nome já diz, em Komodo (Parque Nacional de Komodo), Padar, Rinca e no extremo oeste de Flores. Com três metros de comprimento, e 160 Kg, em média, O "Varanus komodoensis" (nome científico do dragão de Komodo) é o que se tem de mais próximo de um dinossauro, atualmente, e de uma era muito obscura da existência, em que gigantes povoavam a terra.

Com todo o seu tamanho, força e agilidade (embora, às vezes, pareça lento), esse animal é perigosíssimo; ele não tem dentes afiados, mas em sua mordida há uma saliva mortal que contamina quem for mordido por ele, com poderosas bactérias que levam à óbito. Com certeza, esse é um animal que não dá para fazer "afagos" em sua cabeça. Mas é uma grande atração turística, por ser o que é.

O Dragão de Komodo em seu habitat natural na ilha de Komodo, Java - Ali Trisno Pranoto/Getty Images
O Dragão de Komodo em seu habitat natural na ilha de Komodo, Java - Ali Trisno Pranoto/Getty Images

O Dragão de Komodo em seu habitat natural - Ali Trisno Pranoto/Getty Images.

O ELEFANTE

Na Indonésia há duas espécies: O elefante-de-sumatra (Elephas maximus sumatranus) é uma das subespécies de elefante-asiático. É uma das menores subespécies e machos desenvolvem presas mais modestas enquanto que as das fêmeas chegam a ser escondidas pelo lábio superior. Medem entre 1,7 e 2,6 metros nos ombros. É nativo da Ilha de Sumatra.

E o elefante-pigmeu-de-Bornéu (Elephas maximus borneensis) é supostamente a menor de todas as subespécies. Têm altura máxima de 2,5 metros além de orelhas maiores, "face de bebê" e caudas tão grandes que tocam o chão; suas costas são proporcionalmente mais largas, presas mais finas e orelhas mais amplas. Está restrito ao noroeste da ilha de Bornéu.

Infelizmente, os elefantes estão sofrendo um ataque covarde, que faz com que eles corram o risco de desaparecer do planeta, se algo urgente não for feito para impedir que isso aconteça. Esse lindo animal é ameaçado de diversas maneiras: Para a retirada de suas presas (valem muito), caça esportiva (ilegal), contrabando dos filhotes (principalmente - é mais fácil o transporte), alegação de que eles destroem as plantações, ou simplesmente porque alguns têm raiva do animal (dá para entender isso?).

Uma fêmea de elefante-pigmeu-de-bornéu ao lado de seu filhote - Bernard DUPONT from FRANCE, CC BY-SA 2.0 - Wikimedia Commons
Uma fêmea de elefante-pigmeu-de-bornéu ao lado de seu filhote - Bernard DUPONT from FRANCE, CC BY-SA 2.0 - Wikimedia Commons

Uma fêmea de elefante-pigmeu-de-bornéu ao lado de seu filhote - Bernard DUPONT from FRANCE, CC BY-SA 2.0, via Wikimedia Commons

O RINOCERONTE

Os rinocerontes-de-sumatra já foram encontrados em todo o sudeste asiático, especialmente nas densas florestas montanhosas da Indonésia, Malásia, Tailândia e Mianmar, bem como nas encostas das montanhas do Himalaia no Butão. Atualmente, no entanto, a única população viável restante vive em bolsões isolados na Indonésia, principalmente na ilha de Sumatra.

São animais solitários que se alimentam de frutas, galhos, folhas e arbustos. Seus alimentos favoritos incluem mangas silvestres, bambus e figos. Eles também procuram fontes de minerais e visitam suas fontes preferidas a cada um ou dois meses. Como outros rinocerontes, eles têm o olfato apurado e a audição aguçada e, para se localizarem, deixam uma rede de trilhas que podem ser farejadas por toda a floresta. Esses rinocerontes se movimentam à noite. Durante o dia, eles podem ser encontrados vasculhando lagoas e outras águas rasas e lamacentas. Isso os ajuda a se refrescar e evita que a pele rache ou seque. Eles nadam bem, podem ser velozes e são até mesmo escaladores hábeis, subindo e descendo ladeiras íngremes com facilidade.

A União Internacional para a Conservação da Natureza classifica a espécie como gravemente ameaçada de extinção. Os icônicos chifres dos rinocerontes-de-sumatra foram responsáveis pelo seu declínio. Embora eles sejam feitos de nada mais do que queratina — o mesmo material que compõe as unhas e os cabelos humanos —, acredita-se que o chifre de rinoceronte tenha valor na medicina tradicional chinesa. O chifre também é valorizado no Oriente Médio, especialmente no Iêmen e no norte da África como um cabo ornamental de adaga.

Embora a caça seja responsável pelo declínio da população, atualmente o isolamento é a maior ameaça enfrentada pelos rinocerontes-de-sumatra. Protegidos pela legislação em toda a sua área de ocorrência, os rinocerontes-de-sumatra também são o foco de um extenso programa de cooperação internacional. As Unidades de Proteção de Rinocerontes protegem as regiões onde estão localizadas para impedir a caça, enquanto continuam tentando sucesso na reprodução em cativeiro para recuperar a população. Mas, apesar desses esforços, a população global continuou a diminuir.

Extraído de: Redação National Geographic -"https://www.nationalgeographicbrasil.com/animais/mamiferos/rinoceronte-de-sumatra".

Rinoceronte com seu filhote no parque natural de Ujung Kulon, na ilha de Java

Emi com o filhote Harapan (14 meses), no Zoológico de Cincinnati
Emi com o filhote Harapan (14 meses), no Zoológico de Cincinnati

Por Charles W. Hardin - Photo Sumatran Rhinos: "Emi com o filhote Harapan (14 meses), no Zoológico de Cincinnati" from Flickr, CC BY 2.0, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=5757417

Rinoceronte com seu filhote no parque natural indonésio de Ujung Kulon, na ilha de Java
Rinoceronte com seu filhote no parque natural indonésio de Ujung Kulon, na ilha de Java

O ORANGOTANGO

Orangotango de Bornéu e Sumatra. Outro que também está na lista negra de extinção. A Indonésia abriga a floresta tropical mais antiga do mundo, e esses animais perdem grande parte de seu habitat para a extração de madeira, plantações de palmeiras e mineração. O nome orangotango vem de duas palavras da língua malaia que juntas significam "pessoa da floresta". Eles são nativos da Indonésia e da Malásia. Os orangotangos são os primatas mais arborícolas e passam a maior parte do seu tempo nas árvores.

Eles são territorialistas, e para demarcar território o macho dá um grito estrondoso que avisa os outros orangotangos para não entrarem em seu território. São as espécies mais solitárias dos grandes primatas, com laços sociáveis que ocorrem principalmente entre as mães e seus filhos, que lhe são dependentes até os oito anos de vida. Depois disso, somente, eles se tornam capazes de agirem com total independência, a ponto de poder se socializar e construir outros grupos ou famílias. A caça, e o comércio ilegal de animais, são as suas maiores ameaças.

A maior razão que acelera a sua extinção, é exatamente o tempo de vida que o filhote fica com a mãe; pois, se um caçador matar a fêmea, o filhote fica vulnerável à qualquer outro predador ou perigo na floresta.

Fonte: Wikipédia - A enciclopédia livre -"https://pt.wikipedia.org/wiki/Orangotango#:~:text=O%20orangotango%20(cujo%20nome%20vem,de%20Born%C3%A9u%20e%20da%20Sumatra".

Mamãe orangotango, com seu filhote em floresta da Indonésia - Ameaça de extinção | Foto: Unsplash
Mamãe orangotango, com seu filhote em floresta da Indonésia - Ameaça de extinção | Foto: Unsplash

Mamãe orangotango, com seu filhote em floresta da Indonésia - Ameaça de extinção | Foto: Unsplash.

O TIGRE-DE-BENGALA

O tigre-de-bengala tem esse nome devido à sua presença em Bengala ocidental (Índia), próxima ao Golfo de Bengala. O tigre-de-bengala tem pelos curtos alaranjados e listras pretas, costuma atingir até 260 kg, mas pode ultrapassar os 300 kg, salta 6 metros horizontalmente e consegue correr a 60 km/h. Entre os carnívoros terrestres, eles possuem as maiores presas e garras, podendo chegar a 10 cm de comprimento. São animais extremamente ágeis.

Este belo animal de nome científico "Panthera tigris tigris", também conhecido como tigre-indiano, é um grande felino, e uma das 6 subespécies de tigre restantes, sendo atualmente a maior delas, devido ao fato do tigre-siberiano haver diminuído seu porte devido a caça e destruição do seu habitat. O tigre é uma das populações mais ameaçadas de extinção dentre os grandes felídeos do planeta, seja pela caça ilegal ou pela destruição de seu habitat. Em 2018, estimou-se que havia entre 2.603 e 3.346 tigres soltos na natureza (mais da metade na Índia). Seus números aumentaram ligeiramente nos últimos anos, porém estão bem abaixo da taxa de reposição (devido às agressões que sofre e pela sua linda pelagem ser procurada pelos caçadores).

Fundações como a WWF tomaram a frente da responsabilidade de propiciar a preservação dos tigres, mais especificamente do tigre-de-bengala, tigre-de-sumatra e do tigre-siberiano (ainda mais raros). Estima-se que o percentual de tigres na Ásia hoje seja 40% menor do que em 1995. Mas, graças a esforços e ajuda humanitária, cerca de 15% já foi recuperado.

O território de um tigre macho adulto engloba vários territórios de fêmeas e tem de 110 à 200 km². Um tigre macho mantém um grande território, a fim de incluir territórios de várias fêmeas dentro de seus limites, para que ele possa manter acasalamento diretamente com elas. Isso gera briga entre os machos dominantes; e faz com que a taxa de mortalidade devido a este motivo seja alta. Fêmeas possuem territórios de até 31 km². Em sua reprodução, na época de acasalamento, o macho realiza vocalizações e são as fêmeas receptivas que se interessam, que vão até o seu território. O período fértil da fêmea dura de 4 à 6 dias. O casal de tigres fica junto apenas durante o período fértil, eles acasalam cerca de 100 vezes por dia. O Tigre dominante de cada região acasala com as fêmeas englobadas por seu território. O período de gestação é de 103 dias e podem nascer de 2 a 5 filhotes por ninhada. Essas crias nascem com cerca de 1 kg e são cegas, tornando-as muito frágeis.

Fonte: Wikipédia - A enciclopédia livre -"https://pt.wikipedia.org/wiki/Tigre-de-bengala#:~:text=O%20tigre%2Dde%2Dbengala%20tem,a%2010%20cm%20de%20comprimento."

Tigre-de-bengala macho selvagem - Por Seemaleena - CC BY-SA 4.0, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=49329017
Tigre-de-bengala macho selvagem - Por Seemaleena - CC BY-SA 4.0, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=49329017

Tigre-de-bengala macho selvagem - Por Seemaleena - Obra do próprio, CC BY-SA 4.0, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=49329017

Nascimento de três filhotes da mais rara subespécie de tigre do mundo é muito celebrado - Por Suzana Camargo
Nascimento de três filhotes da mais rara subespécie de tigre do mundo é muito celebrado - Por Suzana Camargo

Nascimento de três filhotes da mais rara subespécie de tigre do mundo é muito celebrado - Por Suzana Camargo

O LEOPARDO

O leopardo da Indonésia. O leopardo-de-Java (Panthera pardus melas) é uma subespécie de leopardo nativa da ilha de Java, na Indonésia. Classificada como uma espécie em perigo pela União Internacional para a Conservação da Natureza desde 2008, a sua população é estimada em menos de 250 indivíduos em fase adulta, e com uma preocupante tendência populacional decrescente.

Os leopardos de Java estão confinados à ilha de Java, não sendo, portanto, uma espécie endémica. Segundo uma estimativa realizada em 2008, a área ocupada pela espécie é cerca de 132.000 km² em toda a ilha, ou seja, apenas entre 2.267,9 e 3.277,3 km² são encontrados leopardos de Java, em números bastante reduzidos. Eles habitam as florestas tropicais da ilha.

Esforços estão sendo feitos para restaurar a população desses animais com o propósito de evitar que os mesmos se extingam, tal como o sucedido com o tigre-de-Java. Leis de caça são rigorosamente aplicadas. Em 2005, o Parque Nacional de Halimun Salak foi ampliado para três vezes o seu tamanho original, como forma de recuperar a população desse lindo animal.

Um leopardo sobre a pedra em seu habitat natural na indonésia - Foto de Geran de klerk
Um leopardo sobre a pedra em seu habitat natural na indonésia - Foto de Geran de klerk

Um leopardo sobre a pedra em seu habitat na indonésia - Foto de Geran de klerk

UMA VASTA FAUNA

Esses animais acima, são os principais grandes animais da Indonésia, que chamam atenção pelo seu tamanho, força, beleza e risco de extinção, se algo não for feito para impedir isso. Mas existem muitos outros. Nesse conjunto harmonioso de ilhas, por ser uma região geograficamente muito antiga, e por ter muitas áreas nativas desde os primórdios, tais como, os países das américas e o continente africano, com florestas tropicais primitivas e solos e climas diferenciados, há uma grande variedade de animais. Uma vasta fauna de grandes e pequenos animais, aves e seres marinhos. Com uma biodiversidade que dá gosto de ver. Esta é a Indonésia!